Este rapaz esqueceu-se claramente de um livro do Paul Auster. A verdade é mesmo essa. Na altura em que se apercebe que o seu Timbuktu ficou ali... abandonado num autocarro, sujeito a uma viagem de três horas, sabe que apenas existe uma maneira de se salvar. Tanto egoísmo contido num livro. Aquele autocarro chegará ao Porto, ali espera-o Ana, a mulher. A sua mulher. O motorista dirá que sim senhor, que por quem ela pergunta perdeu o autocarro, mas estende-lhe Timbuktu. Ela aceita-o, sorri abanando a cabeça pelo «cabeça no ar». Cai um bilhete. Um amo-te escrito a verde escorrega da página 100. Já não vai ao bolso do telemóvel, já não quer saber se o cabeça no ar voltou a ter bateria. Aquele amo-te não é a letra dele... muito menos a sua. Depois de bufar, pousa os óculos e percebe que já passaram quatro horas. Há silêncio nos bolsos deste corredor. Encosta-se num pilar, deixa-se ficar agarrado como Lázaro aos cem metros finais que nunca mais vê.............................
5 Comments:
se de ti me ausento, não sei se correr é fugir, se é chegar.
Se te acompanhar, não é fugir nem chegar, é simplesmente permanecer contigo, enquanto aguentar...
Este rapaz esqueceu-se claramente de um livro do Paul Auster. A verdade é mesmo essa. Na altura em que se apercebe que o seu Timbuktu ficou ali... abandonado num autocarro, sujeito a uma viagem de três horas, sabe que apenas existe uma maneira de se salvar. Tanto egoísmo contido num livro. Aquele autocarro chegará ao Porto, ali espera-o Ana, a mulher. A sua mulher. O motorista dirá que sim senhor, que por quem ela pergunta perdeu o autocarro, mas estende-lhe Timbuktu. Ela aceita-o, sorri abanando a cabeça pelo «cabeça no ar». Cai um bilhete. Um amo-te escrito a verde escorrega da página 100. Já não vai ao bolso do telemóvel, já não quer saber se o cabeça no ar voltou a ter bateria. Aquele amo-te não é a letra dele... muito menos a sua.
Depois de bufar, pousa os óculos e percebe que já passaram quatro horas. Há silêncio nos bolsos deste corredor. Encosta-se num pilar, deixa-se ficar agarrado como Lázaro aos cem metros finais que nunca mais vê.............................
Uma boa fotografia... natural, totalmente cristalina.
Apetece-me dar-te uma ideia parva, como por exemplo... esqueceu-se das cuecas no autocarro. Não ligues! :)
Muito bem... O que eu acho mais piada na fotografia é que o rapaz está com os dois pés no ar. Como se voasse.
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